28 de dez. de 2008

tenho essa mania de sonhar demais, talvez devesse fazer como a amiga, que numa sinceridade cortante diz não ter sonhos, quem sabe culpar alguém por essa eventual melancolia que me toma as vezes.
mas nem
não me contento em ser coadjuvante nas coisas da vida, brigo com o que tenho, errada ou não, prefiro morrer tentando.

fragmentos

cato o que sobrou de mim no chão, arrasto pra fora do carro e faço o caminho certeiro em direção ao banheiro.
e lá de cara com a privada morri pela ultima vez.

28 de nov. de 2008

sempre a noite

Grito por dentro verdades que nem eu mesma sei se acredito.

27 de nov. de 2008

Na madruga boladona

e ai eu disse:
- Não quero viver uma vida de esperas, nem banco de reservas.
eletricidade
nos meu cabelos.

26 de nov. de 2008

Vem

comigo.
as vezes minha cama é um mar
e eu fico ali boiando
até dormir.

E de noite, antes de dormir: eu, eu mesma ...

...e ai eu respondi:
- acontece que eu, feita de carne e osso, sempre sonhei com muito, porém sempre me contentei com pouco, e me acostumei assim a ver tudo em fracas cores e tons pastéis.
e respondi assim, tudo em silêncio, sem dizer uma palavra...

25 de nov. de 2008

hoje vou de Marcelo, o camelo e a menina mallu.

Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade...

blábláblá

Quem me dera voar

quem dera pudesse voar em vez de andar e assim ser menos mortal

a eternidade não me cabe é pouco

Quem dera ser menos mulher, subir em árvore e não ter medo de cai por saber que do chão não passo não me livra desses medos que aparecem a noite na hora de dormir

Me reserva algumas horas

meu corpo é quente mais eu sinto um frio assim, que vibra por dentro sabe...

deita aqui um pouco, me ensina a respirar porque já não sei mais

o peito é bem perto do coração

Rabisco um desenho qualquer, passarinho, tigre, coruja... um bicho qualquer

Me devora

as horas me devoram, cada hora um pouquinho mais, no final da noite já nem existo

Quem me dera o laranja fosse mais laranja, o roxo mais roxo e assim por diante.

24 de nov. de 2008

só mesmo o chico pra saber tão bem das coisas.

Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração...

CHICO BUARQUE.

23 de nov. de 2008

(re)começo.