25 de nov. de 2008

blábláblá

Quem me dera voar

quem dera pudesse voar em vez de andar e assim ser menos mortal

a eternidade não me cabe é pouco

Quem dera ser menos mulher, subir em árvore e não ter medo de cai por saber que do chão não passo não me livra desses medos que aparecem a noite na hora de dormir

Me reserva algumas horas

meu corpo é quente mais eu sinto um frio assim, que vibra por dentro sabe...

deita aqui um pouco, me ensina a respirar porque já não sei mais

o peito é bem perto do coração

Rabisco um desenho qualquer, passarinho, tigre, coruja... um bicho qualquer

Me devora

as horas me devoram, cada hora um pouquinho mais, no final da noite já nem existo

Quem me dera o laranja fosse mais laranja, o roxo mais roxo e assim por diante.

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